
O exército israelense disse nesta quarta-feira (15) que o quarto corpo entregue pelo Hamas nessa terça (14) não corresponde a nenhum dos reféns. Em um comunicado, as Forças de Defesa de Israel disseram que o Hamas é 'obrigado a fazer todos os esforços necessários' para devolver os corpos dos reféns.
Anteriormente, Israel confirmou, após identificação formal, que os outros corpos devolvidos eram de Uriel Baruch, Tamir Nimrodi e Eitan Lev. Acredita-se que o quarto corpo seja de um cidadão de Gaza.
O exército afirmou que 'após a conclusão dos exames no Instituto Nacional de Medicina Legal, o quarto corpo entregue a Israel pelo Hamas não corresponde a nenhum dos reféns'.
Com isso, o grupo que controla a Faixa de Gaza devolveu apenas sete dos 28 corpos dos reféns mortos que ainda se encontram no enclave palestino.
Apesar disso, uma alta autoridade do Hamas afirmou à Al Jazeera que o corpo seria de um soldado israelense capturado durante a guerra. Segundo ele, o homem foi morto e teve o corpo levado em um conflito que ocorreu em maio de 2024.
Na época, os militares israelenses negaram a alegação do Hamas de que haviam capturado um soldado.

O plano de paz de Donald Trump exigia que o Hamas devolvesse todos os reféns, vivos e mortos, até o final do prazo de 72 horas, que expirou na segunda-feira (13). Oito corpos foram devolvidos — sete dos quais, segundo Israel, pertencem a reféns — e outros 20 ainda precisam ser entregues pelo Hamas.
O fórum de famílias das vítimas tem feito uma pressão para que Israel pare o cessar-fogo até que todos os corpos sejam devolvidos.
Além disso, autoridades israelenses anunciaram o fechamento da passagem da fronteira de Rafah, entre Egito e Faixa de Gaza, para entrada de ajuda humanitária, até que o Hamas devolva os corpos de 24 reféns que morreram e estão no enclave palestino. Esta é a instrução dada pelo aparato de segurança aos líderes políticos israelenses, segundo a emissora pública Kan.
O fechamento será até o fim desta quarta-feira (15). O canal de notícias 12 cita uma autoridade não identificada que diz que Israel acredita que não há 'motivação' para o Hamas devolver os corpos.
Em meio a isso, equipes egípcias e americanas fazem buscas pelos corpos no território de Gaza.
As famílias dos reféns acusaram o governo de fugir da responsabilidade e abrir mão da influência que tem sobre o assunto.
Como parte do acordo, Israel também devolveu uma primeira leva de corpos de palestinos mortos, segundo autoridades de saúde locais. O número não foi informado, mas o governo israelense mantém o controle de centenas de corpos de palestinos, entre eles combatentes envolvidos no ataque de 2023.

Ainda nesta terça (14), a autoridade palestina na Faixa de Gaza, comandada pelo Hamas, afirmou que o exército israelense matou ao menos seis pessoas em incidentes separados. O caso ocorre após Israel dizer que abriu fogo contra suspeitos de cruzarem 'a linha de retirada e se aproximaram das forças que operavam no norte da Faixa de Gaza'.
O porta-voz do Hamas, Hazem Qassem, afirma que as mortes são uma 'violação do cessar-fogo'.
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento divulgou detalhes sobre a situação em Gaza após o cessar-fogo no conflito entre Israel e Hamas, além de destacar como será a reconstrução.
Segundo a ONU, um retorno completo de Gaza pode levar 'décadas'. Os especialistas afirmam que mais de 80% de todos os edifícios na Faixa de Gaza estão destruídos ou danificados, enquanto na capital, Cidade de Gaza, o número chega a 92%.
Um porta-voz do programa, Jaco Cilliers, descreveu a situação como 'devastadora', dizendo que ao menos 55 milhões de toneladas de escombros precisam ser removidos: 'o equivalente a 13 pirâmides no Egito'.
O valor para a reconstrução também não será pouco. A expectativa é de pelo menos US$ 70 bilhões e a ONU diz que há conversas com diversos governos, como dos Estados Unidos e na Europa, para colaborar com essa situação. Inicialmente, a expectativa era que o valor fosse de US$ 53 bilhões.
O programa da ONU ainda destaca que os próximos anos serão para mapear as prioridades, com necessidade de US$ 20 bilhões já inicialmente. Eles destacam que nem tudo será possível ser reconstruído nesse primeiro momento.
Ao todo, a guerra em Gaza deixou 67 mil mortos. Apesar disso, desde a entrada no enclave palestino, os voluntários e a Cruz Vermelha já acharam muitos corpos, podendo fazer os dados aumentarem.
Outro ponto levantado é sobre o setor privado de Gaza, que praticamente acabou. Segundo os dados revelado nesta terça (14), 88% das empresas foram completamente ou parcialmente destruídas.
Fonte: CBN Globo
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